O campeonato com a melhor média de público da Europa não tem os maiores craques nem os times mais poderosos. Mas tem ingressos em conta, arenas modernas e algo que está cada vez mais raro nas principais ligas europeias: equilíbrio dentro de campo. A Liga Alemã de Futebol (DFL) anunciou um novo recorde nesta temporada da Bundesliga: 44.345 torcedores por partida na primeira metade do campeonato, um aumento de 7% em relação ao ano passado. O preço médio dos ingressos continuou praticamente o mesmo, em torno de R$ 50, mais baixo do que na França, Espanha, Itália e Inglaterra.
- Nós oferecemos uma mistura de futebol de alto nível e entretenimento de uma maneira que poucas ligas conseguem igualar – afirmou o presidente da DFL, Christian Seifert, com razão para estar empolgado.
O torcedor alemão não tem como se queixar de falta de emoção. Aquilo que é a marca registrada do Campeonato Brasileiro, a imprevisibilidade (o lanterna derrubando o líder, times se alternando na ponta da tabela…), já quase não se vê nas grandes ligas europeias. Mas na Alemanha é diferente. Após 20 rodadas, a distância do líder Borussia Dortmund para o quarto lugar Borussia Mönchengladbach, se enfrentando no vídeo abaixo, é de apenas 3 pontos (contra 4 pontos na Itália, 10 na França, 14 na Inglaterra e 23 na Espanha). Agora brigando pelo título, o Mönchengladbach somente escapou do rebaixamento na temporada passada num playoff contra o terceiro colocado da Segundona, o Bochum.
Estádios modernos, muitos construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2006, e segurança também ajudam a explicar o fenômeno. Além disso, quase todos são bem servidos por transporte público, mesmo que a estação esteja a 20 minutos de caminhada, como no caso da Allianz Arena, em Munique, local da final da Liga dos Campeões deste ano. Mas se o preço fosse salgado, os torcedores não teriam condições de aparecer ao menos três vezes por mês para ver o seu time jogar.
A ideia por muito tempo espalhada pelo sucesso da Premier League de que aumentar os ingressos é o preço inevitável a se pagar por estádios mais modernos e livres de hooligans esbarra nos números da Alemanha.
- Claro que é preciso reconhecer o grande trabalho feito para melhorar os estádios ingleses, mas o preço das entradas na maioria dos casos não tem aumentado por causa disso. E sim para pagar os salários cada vez mais altos dos jogadores – disse Rogan Taylor, diretor do grupo de pesquisas sobre a indústria do futebol da Universidade de Liverpool, em entrevista ao jornal inglês Guardian.
A onda de frio que atingiu a Europa no fim de janeiro talvez afaste um pouco a torcida alemã durante o inverno, mas a expectativa é a de que o recorde de público se matenha até o fim da temporada. Tanto na Primeira quanto na Segunda Divisão. A Bundesliga II, a Série B germânica, tem média de 17.125 pagantes por jogo, 27% a mais do que no ano passado.
Messi, Cristiano Ronaldo, Kaká e Rooney não estão lá. Mas os alemães parecem nem ligar. Estão felizes da vida com Huntelaar, Mario Gomez e Lewandowski.
- Nós oferecemos uma mistura de futebol de alto nível e entretenimento de uma maneira que poucas ligas conseguem igualar – afirmou o presidente da DFL, Christian Seifert, com razão para estar empolgado.
O torcedor alemão não tem como se queixar de falta de emoção. Aquilo que é a marca registrada do Campeonato Brasileiro, a imprevisibilidade (o lanterna derrubando o líder, times se alternando na ponta da tabela…), já quase não se vê nas grandes ligas europeias. Mas na Alemanha é diferente. Após 20 rodadas, a distância do líder Borussia Dortmund para o quarto lugar Borussia Mönchengladbach, se enfrentando no vídeo abaixo, é de apenas 3 pontos (contra 4 pontos na Itália, 10 na França, 14 na Inglaterra e 23 na Espanha). Agora brigando pelo título, o Mönchengladbach somente escapou do rebaixamento na temporada passada num playoff contra o terceiro colocado da Segundona, o Bochum.
Estádios modernos, muitos construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2006, e segurança também ajudam a explicar o fenômeno. Além disso, quase todos são bem servidos por transporte público, mesmo que a estação esteja a 20 minutos de caminhada, como no caso da Allianz Arena, em Munique, local da final da Liga dos Campeões deste ano. Mas se o preço fosse salgado, os torcedores não teriam condições de aparecer ao menos três vezes por mês para ver o seu time jogar.
A ideia por muito tempo espalhada pelo sucesso da Premier League de que aumentar os ingressos é o preço inevitável a se pagar por estádios mais modernos e livres de hooligans esbarra nos números da Alemanha.
- Claro que é preciso reconhecer o grande trabalho feito para melhorar os estádios ingleses, mas o preço das entradas na maioria dos casos não tem aumentado por causa disso. E sim para pagar os salários cada vez mais altos dos jogadores – disse Rogan Taylor, diretor do grupo de pesquisas sobre a indústria do futebol da Universidade de Liverpool, em entrevista ao jornal inglês Guardian.
A onda de frio que atingiu a Europa no fim de janeiro talvez afaste um pouco a torcida alemã durante o inverno, mas a expectativa é a de que o recorde de público se matenha até o fim da temporada. Tanto na Primeira quanto na Segunda Divisão. A Bundesliga II, a Série B germânica, tem média de 17.125 pagantes por jogo, 27% a mais do que no ano passado.
Messi, Cristiano Ronaldo, Kaká e Rooney não estão lá. Mas os alemães parecem nem ligar. Estão felizes da vida com Huntelaar, Mario Gomez e Lewandowski.