sexta-feira, 27 de maio de 2011

FUTEBOL NA ÁREA

*SÁBADÃO AS 12:00 HS NO V.IASI O GRUPO DO 7 REALIZA MAIS UMA PARTIDA AMISTOSA

*DOMINGÃO AS 10:30 HS NO V.IASI O TIME DO SENIORS JOGARÁ CONTRA A EQUIPE DO HARMONIA PELO CAMPEONATO MUNICIPAL DE 35 

*DOMINGÃO AS 13:00 HS NO V.IASI O FÁBRICA D'LOKO ENFRENTA A EQUIPE DO E.C. LEME PARTIDA AMISTOSA

PRESTIGIE OS TIMES DA QUEBRADA !!!!!!!!!!!!!!!!

A HISTÓRIA DO SAMBA - ROCK

 

Saiba um pouco sobre a dança que simboliza a maior manifestação da cultura negra urbana de São Paulo


O samba-rock é uma típica manifestação popular: espontâneo, criativo e, ao mesmo tempo, embora seja um fenômeno de massa, completamente alternativo. Na nossa indústria cultural, toda e qualquer manifestação nascida na periferia e de difícil rotulação acaba crescendo e se criando sozinha. No caso do samba-rock, o grande diferencial é que, ao contrário do que se pensa, esse swing contagiante não é um gênero musical, e sim, um estilo de dança!
No final dos anos 60, na cidade de São Paulo, a população dos bairros periféricos da capital e do interior de São Paulo realizava muitas festas familiares que, originalmente, eram batizados, aniversários, noivados ou casamentos, mas sempre se transformavam em bailes.
Não demorou muito para que esses bailes invadissem os salões e danceterias, e, assim, nasciam os bailes nostalgia. Em um baile nostalgia, evento em que a dança samba-rock é predominante, toca-se vários gêneros musicais, como o rock´n´roll, o mambo, o soul, o samba, o jazz e o rithm´n´blues, todos ritmos populares nos anos 50 e, principalmente, nos anos 60 e 70. A confusão que fez com que a dança samba-rock fosse confundida com gênero musical começou quando, além de todos estes ritmos, nasceu também um estilo, uma batida, sincopada e com um swing irresistível: o mundo conhecia o “samba esquema novo” de Jorge Ben. Não era samba, não era rock, não era bossa nova, e era tudo isso ao mesmo tempo. Exatamente por isso, Jorge foi incompreendido pelos sambistas da época, era Jovem Guarda demais, pelos puristas da MPB, era rock demais… Pós-bossa nova, pré-tropicalismo, era o máximo.

Nas periferias de todo o Brasil caiu como uma bomba, principalmente no eixo Rio-São Paulo, onde os bailes já conheciam o jeito de se dançar inspirado nos passos marcados do funk e do soul, à la Black Power, misturada com os passos de rock´n´roll conhecidos nos filmes da sessão da tarde, à la “Nos Tempos Da Brilhantina”e, no Brasil, tudo isso ganhou o molho do samba e pronto, nascia a nova dança, o samba-rock! Embora os passos servissem para se dançar de tudo que os DJs da época tocavam, a verdade é que aquele som novo que Jorge Ben tinha inventado, caiu como uma luva naquele jeito gostoso de se dançar a dois. Daí, convencionou-se chamar o estilo de batida que ele inventou e que influenciou outros artistas, de samba-rock, daí a confusão de rotular assim o estilo de Jorge Ben, Bebeto, Cravo e Canela, Clube do Balanço, Luís Wagner, Marku Ribas e tantos outros.
É necessário que se compreenda essa definição de samba-rock quanto “dança”, e não quanto um gênero musical, para que se evite a saturação do estilo genial criado por Jorge Ben, e se valorize ainda mais o samba-rock quanto expressão corporal, que é a sua real importância como um bem cultural dos negros de São Paulo, aonde essa dança nasceu e se popularizou, não só na capital, mas em todo o interior do Estado, sendo mais tarde exportado Brasil e mundo afora, dando lições de habilidade, talento e criatividade, e principalmente de orgulho e auto-estima elevada, já que além de swing, o verdadeiro(a) apreciador(a) do samba-rock e frequentador(a) dos bailes nostalgia preza a elegância, a beleza, o charme, a vaidade e o desenvolvimento cultural e intelectual.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

FELICIDADE -SERGIO VAZ


As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem, ou não. Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas. Ou morrer tentando. Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é a sua hora.
O acaso é uma grande armadilha e destroi os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.
Não passar do tempo e nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.
Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso..
Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários. O que adintanta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diga que faz, se não o faz.
Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.
Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância.
E, em hipótese alguma, tente chegar em primiero. Chegar junto é melhor, até porque, o universo não distribue medalhas nem troféus.
Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão nenhuma para se acreditar num mundo melhor. As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.
Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor, muito pelo contrário, ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.
Por isso, sorrir enquanto luta, é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio.
Não deixe que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.
Se possível, aprecie as coisas simples da vida, vai que no futuro… Adeus pertences.
Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que, quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada.
As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.
Procure desvendar as máscaras do dia a dia, pois o segredo está no minúsculo – assim como um belo espetáculo do crepúsculo-, no pequeno gesto das formiguinhas esconde a grandeza a ser seguida pela humanidade.
Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.
Felicidade não se ensina, é uma magia, e o segredo está na disciplina de uma vida sem truques e sem fogos de artifícios.
E não acreditem em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O FUTEBOL É DO POVO

O Território Sagrado

(Este texto foi ao ar na sexta, 20/05, na www.radiocoringao.com.br, no programa "100 Anos de História")

Vivemos uma época duvidosa no Futebol que acostumaram a chamar de “moderno”, que significa o fim de uma era no Futebol, e vem sendo tramado há algum tempo.
Começou quando fizeram o desfavor de relacionar Arquibancada, nosso território sagrado, com a violência.
Estávamos em meados da década de 80. Era o auge das Festas Democráticas nas Arquibancadas Corinthianas.
E essa Festa era comum a todos os clubes do Brasil. A Arquibancada era o Território Sagrado da celebração. E também da articulação.
Quanto sobressalto no coraçãozinho oco do poder público corrompido causou a Organização dos Valentes Gaviões, por exemplo.
Cito os Gaviões de Flavio La Selva e Alcides Piva, pois são os maiores, e melhores, exemplos disso onde queremos chegar.
Uma torcida que levantava faixas para anistia, que interferia nos destinos do próprio Clube, bem poderia começar a articular algo mais perigoso e subversivo.
O ideal formador de Flavio era cumprido à risca.

Mas nossa sociedade passava por graves crises.
Da época da ditadura o nosso povo saiu bastante emburrecido. A educação havia sido definitivamente jogada no limbo.
A insatisfação popular era imensa. Quem viveu aquela época sabe. Raulzito cantava: “eh, anos oitenta, charrete que perdeu o condutor”.
Mas as Arquibancadas seguiam sendo o recreio de nossas Lutas diárias, custavam o preço justo que permitia o Povo freqüentar.
O festival de faixas de bairros não me deixa mentir.
São Miguel, São Matheus, Brasilândia, Tucuruvi, Capão Redondo, Grajaú, Guaianazes, Cotia, Osasco, Jandira, Embu, etc etc etc, todas as periferias podiam participar da Festa.
E todas elas chegavam, firmes e fortes.

Mas o legado dos milicos foi avassalador. O comportamento do cidadão brasileiro estava mudado, e as novas gerações cresciam mais na pobreza e na marginalização que nunca.
Da insatisfação à revolta.
E as Arquibancadas muitas vezes se viram como palco para guerras. Significavam nada menos que a potencialização da deseducação, que este legado continha. A chamada “violência” é, portanto, fruto de um estado que não enxerga seu povo.
Mas a mentira contada mil vezes passa a ser uma verdade, segundo a nazi propaganda.
E a violência, gestada no seio do próprio poder público corrompido, acabou recaindo sobre a Arquibancada, que não tem e nunca terá culpa nenhuma.

Entramos nos anos 90, e a Arquibancada sendo achincalhada como lugar de violência. Mas isso também não colava na idéia de quem era mais atento.
O poder público forjou, então, um episódio emblemático.

Marcaram um porco versus bambi, portões abertos, em um Pacaembu em reformas.
Todos os materiais disponíveis para quem quisesse usufruir: pau, pedra, barra de ferro. Tudo o que era preciso para gerar uma definitiva e exemplar guerra campal, que serviria de anúncio e cartaz para a tão propalada “violência nos estádios”.

Como se essa violência não tivesse sido gestada nos porões do DOPS na década de setenta, na desescolarização e empobrecimento do Povo ao longo das décadas seguintes, como se essa violência não fosse observável a olho nu e sentida na pele em cada rua de cada cidade deste país.
Como se essa violência não fosse inerente ao próprio Povo, que entrava no seu recreio de lutas, a Arquibancada, já com toda a carga de revolta que trazia da própria vida.

Ah, mas é muito mais fácil arrumar um bode expiatório, não é?
Ainda mais quando a finalidade real era acabar com o incômodo da articulação popular que o Futebol causa, uma arruaça carnavalesca semanal que significava a Festa mais popular e democrática.
E que pelo próprio espírito do Futebol, de ser simulação de guerra, acabava descambando em uma sociedade violenta por natureza.

A Arquibancada nunca teve culpa nenhuma. Culpada foi a sociedade que não percebeu o golpe que estava sendo iniciado. Um golpe de dentro de sua própria cultura.
A sociedade é reproduzida na Arquibancada, nada mais natural. No entanto, as possibilidades que a articulação de uma torcida proporciona são muito mais fortes que numa turma de colégio, por exemplo. Muito mais que numa turma de clube, de rua. É como se cada turma estivesse reunida numa grandiosa assembléia de festa.
E a sociedade, ali, é inteiramente reproduzida, refeita e remodelada. A Arquibancada teve essa função, que é a mesma função das Artes e da própria Filosofia; na Arquibancada, ao contrário do que dizem por aí, o sujeito pensa.

O sujeito toma conhecimento de diversos personagens desse imenso teatro chamado sociedade. Se estivessem numa fila de banco, os freqüentadores da Arquibancada não se conheceriam. Eis o papel formador da Arquibancada.
E isto, caros ouvintes, causa frisson, ardor no sfincter do poder público corrompido.
Futebol é público, e tudo que é público é político.

E então voltamos ao começo dos anos noventa.
Nessa época as batalhas se tornavam rotineiras em todos os estádios. A marginalização cria a criminalização. E as organizadas cumpriam o papel de estado dentro naquele micro universo que é a Arquibancada.
Alguém aí já deve ter parado para pensar ‘como é que aconteceu das arquibancadas, que era território livre até a década de sessenta, passando pelo período das cordas em 70 e 80, chegarem à separação completa na década de 90?’, e pior; hoje em dia tem gente que nem vai a estádio e acha que deveria ter torcida única...

Pois foi esse o papel do poder público corrompido; o de cercear as ações que representam uma Cultura popular, contidas na Arquibancada.
Cada passo desse cerceamento, ao longo do tempo, é o exemplo cabal de como se tratam das coisas públicas nesse país.
E cada passo nos foi apresentado como uma solução, sem a qual não poderíamos mais conviver.
Mas cada passo foi na verdade uma rasteira bem dada, em uma sociedade que dormia.
E a cada passo em direção à segregação, estava sendo alimentado monstro da intolerância. Se até os anos 60 sentavam-se lado a lado os adversários, nos anos 90 isso era mera lembrança dos pais e avós.

Mas não estou fazendo mera apologia ao passado, de jeito nenhum. Até porque no passado não se sentavam lado a lado sem faíscas, os adversários. E a violência é tão inerente ao Futebol, quanto é para o espírito humano.
E aqui estamos fazendo um histórico do desenvolvimento da farsa da violência nos estádios, e as implicações que vemos nos tempos atuais, mas chegaremos lá.

O Futebol já foi passatempo para a aristocracia. O Corinthians, com sua Revolução de março de 1913, tirou da aristocracia a posse do futebol.
Ele virou coisa séria a partir desse momento, pois o Clube do Povo chegou pra ficar e Ele é a nossa razão de vida.
Os reacionários, por sua vez, tomaram a antítese dessa nossa Razão de vida como razão de vida deles. O Corinthians gerou a anticorintianada, com seu arco-íris de cores e matizes variados.
E desde então a intenção é que o Futebol volte a ser passatempo aristocrata, e essa seria a pior anticorintiania possível.
E ela está acontecendo a passos largos, sem que ninguém se atente.

Estávamos no começo da década de 90, e o episódio emblemático forjado pelo poder público corrompido, que desenhava o futuro do Futebol na direção do passatempo.
Em contraposição ao exemplo Corinthianista de Razão de Vida.

Marcaram um porco versus bambi, portões abertos, em um Pacaembu em reformas.
Todos os materiais disponíveis para quem quisesse usufruir: pau, pedra, barra de ferro. Tudo o que era preciso para gerar uma definitiva e exemplar guerra campal, que serviria de anúncio e cartaz para a tão propalada “violência nos estádios”.
Palco pronto para a guerra, só foi preciso acender o pavio.
Um pavio que iria acender muitas baterias, até muito tempo depois.

E se a violência da sociedade era expressa na Arquibancada, como a própria sociedade sempre é expressa na Arquibancada, mesmo atualmente, era preciso pegar alguém para bode expiatório, fazer dele o réu, e aplicar a injeção do elitismo, que em pouco tempo tudo estaria determinado, como hoje vemos que está.
Desse exemplo emblemático que foi a guerra campal temos o seguinte: o jogo, válido pela supercopa de Junior da Federação Paulista, em 20 de agosto de 1995, seria a preliminar para o jogo do Corinthians. Só que além de portões abertos, colocariam as três torcidas da cidade em confronto.

A torcida Corinthiana sequer chegou ao Pacaembu naquele dia. O caldo entornou de uma maneira que, talvez, nem os autores daquela planejadíssima patifaria, imaginavam. Ou imaginavam, sim. Eu não duvido de mais nada.

Fato é que ali ficou latente contra quem estava o próprio poder público; as organizadas foram o bode expiatório. Mesmo exercendo o papel de poder público na Arquibancada – e digo isso pensando nos Gaviões de Flavio La Selva, não nas duas torcidinhas que entraram em confronto e caíram na arapuca, determinando negativamente todo o futuro que se seguiria.

O poder público não podia assumir o estado falimentar em que se encontrava a cidadania e a educação. Não podia assumir o que estava sendo armado e provocado. E toda a imprensa fez com que a opinião pública passasse a criminalizar as organizadas, como se fosse um punhado de torcidas que tivesse a culpa.

Nossa sociedade se acostumou ao simplismo do bode expiatório, se acostumou a criminalizar o que não consegue entender direito, e se acostumou a fechar os olhos para as origens de todo o problema. Pois todos os experts que começaram a soltar a artilharia pra cima das organizadas tinham apenas um discurso, igual ao discurso inútil e irreal de abutres do naipe de um Flavio da prado, por exemplo.

O engraçado da coisa toda é que esses tais experts não pisavam no cimento da Arquibancada e falavam daquilo que não tinham idéia do que era para um público que precisava criminalizar algo, um público pronto pra receber as mentiras sensacionalistas e propagarem ela a torto e a direito.

E foi assim que a Arquibancada, razão de vida, passou a ser tachada de lugar de marginais.
Ah, nossa boa e Velha Arquibancada...
O que fizeram dela?

Depois desse episódio emblemático, todas as organizadas, ou pior ainda, todo material que fizesse alusão a alguma torcida, passou a ser criminalizado.
Tentaram banir as organizadas na base da proibição.
Mas a Constituição não permite que se faça esse tipo de atrocidade antidemocrática, embora a promotoria pública se regozijasse na possibilidade de tornar aquele grotesco circo da criminalização das torcidas em um palanque eleitoral.

Mastro de bandeira, fogos de artifício e cerveja foram as peças-chaves encontradas pelos assanhados proibidores, depois de perceberem que aquilo tudo era de fato inconstitucional.

Mas nesses governos que tivemos aqui nesse estado – sim, porque tudo isso acontecia aqui em São Paulo – os materiais alusivos às organizadas entravam no pacote.
De todas, a torcida que mais sofreu com essas proibições, e ao mesmo tempo, a que melhor resistiu, foi justamente o Gaviões.
Foi através dos Gaviões que as organizadas puderam voltar na primeira década deste novo milênio.

Mas o que tem de ficar, desta narrativa toda, não é apenas o papel das organizadas na criminalização da Arquibancada, mas a inconseqüente, inevitável e perigosa elitização que isso causa.
O próximo passo depois do episódio emblemático foi colocarem cadeiras onde outrora foi apenas cimento de Arquibancada.

É porque a organização e a articulação da Arquibancada é a maior resistência possível contra a elitização. O papo da violência fez com que a opinião pública cacifasse, sem ter nem idéia do que estava fazendo, essa elitização perniciosa, venenosa.
A articulação é o inverso da elitização. A elitização é a contramão da articulação.
Só se elitiza quando se é muito desavisado, e é esse o caso de nossa sociedade, deslumbrada com marquetagens e modernices sem conteúdo.

Os que criminalizaram a Arquibancada nunca vivenciaram Arquibancada. Mas o poder público conseguiu fazer do assunto a pauta sensacionalista que precisavam para fazer do Futebol aquele mero passatempo babaca para plutocratas. Como era no velódromo. No velódromo, o cara pagava o equivalente a 50 reais pela geral, 500 pela cadeira. Quase igual a hoje em dia, e assustadoramente a mesma mixórdia.

E quando entrou o Corinthians com seu povo que tirava do leite das crianças a grana pra bancar um lugar ali, para ver o Corinthians entrar na Liga dos engomadinhos e Revolucionar o Futebol para sempre, aquela plutocracia tremeu nas bases.
Mas ao invés de borrar só as calças, passaram a borrar as próprias idéias quando falavam de Corinthians.

Coisa semelhante aconteceu quando criminalizaram as torcidas.

Até porque, se sentindo criminalizados, é que os moleques das torcidas começaram a fazer as piores atrocidades, e começaram a alimentar abutre com carniça. E isso desde muito antes do episódio emblemático forjado. E, principalmente, também muito longe das Arquibancadas. A coisa marginalizada encanta aquele de espírito revoltoso.
E briga de torcida passou a ser confundida com brigas de gangue, de rua, de áreas rivais.

O prato era cheio para o poder público corrompido. Envolvia uma resposta inclusive a essa coisa das gangues, na época, e misturava tudo num mesmo caldeirão, entregando a atitude pronta para a sociedade; “vamos combater essa marginália”.

Do mesmíssimo jeito que a anticorintianada tratava aquele intruso em 1913.
E nisso tudo está a abutraiada, a assessoria de imprensa do poder público corrompido.
E desde muito cedo, o olho que tudo vê, viu que a elitização significava mais televisores ligados na sua programação.

O poder público, que quer o futebol como passatempo aristocrata, e o olho que tudo vê, casaram as mesmas idéias. E a quase duas décadas vemos o domínio do olho que tudo vê.
É ele que nos faz chegarmos em casa na madrugada, se conseguirmos pegar metrô e ônibus.
É ele que dá ao nosso povo o antifutebol. O futebol pasteurizado, encaixotado, que pode até ser mediocremente assistido, mas jamais vivido na sua completude. Pois se você não é jogador, dirigente, árbitro, só pode ser torcedor, e lugar de torcedor é na Arquibancada. E não na frente de uma tela, de fazer a minhoca da cabeça dar nó.
É na Arquibancada que se vive o Futebol. E é isto, justamente isto, que estão tirando de nós.
De todos nós.

Ninguém aí parou pra pensar o que significa essa pataquada de padrão FIFA?
E quais as implicações disso tudo?...

(Este desfecho foi escrito pelo Samurai)
"Entender a importância e levar adiante todo o legado que Tantã deixou é saber de nosso papel daqui para frente. O Corinthians, nesse primeiro ano de seu segundo Centenário, passa por uma crise que vai além das pífias apresentações do time principal em campo. Aliás, esses fracassos recentes são nada mais que o reflexo do abandono à causa corinthiana iniciada em 1910. O mais materialista dos homens se rende à Mística Corinthiana por conta da complexidade de forças que atuam em torno de nosso querido clube e, dessa forma, quando esse mesmo homem esquece de onde veio, o calo começa a apertar.

Falei em nosso e o Corinthians é nosso mesmo. Nosso e impessoal, como queria Tantã. Não ter essa concepção é atitude passível de severa punição - lembremos o caso de um garoto que quis processar o Corinthians para levar uma graninha sobre a música "Bando de Loucos", cuja pena foi o auto-exílio das arquibancadas, porque nunca mais foi visto por lá. O "nosso" em questão, portanto, tem o sentido mais puro da coletividade, tão próximo às origens alvinegras.

Voltemos, então, ao que é nitidamente visível e necessário ao Corinthians de hoje. De tempos em tempos, como aconteceu com Tantã e conforme foi renovado pelos Gaviões da Fiel em sua criação, carecemos de uma transformação guiada pelo desprendimento total do individualismo. Lideranças, sempre escolhidas por todos como o representante de um pensamento coletivo, são apenas para que se dialogue com o mundo exterior. Precisamos nos mobilizar, seja nas ruas, na escola, na faculdade, no trabalho, dentro do clube e nos estádios, e nos guiar pelo pensamento único de um Corinthians para todos.

Como pingo d'água em pedra, é preciso repetir a faceta transgressora do Corinthians e aplicá-la num ponto de vista que abrange as relações político-sociais de forma ampla. Nota-se tal função desde a fundação até quando derrubamos o inominável ditador que há pouco fazia das suas no Parque São Jorge, naquilo que pode ser considerado o último levante da Fiel Torcida. O Corinthians nasceu para subverter a ordem e mostrar a força da união do povo. Somos, por exemplo, a única torcida reconhecidamente atuante na luta contra a ditadura militar. Somos, desde que o mundo é mundo, o maior movimento social do mundo.

De maneira que levar adiante esse legado servirá não só ao nosso renascimento, mas também no combate à doença altamente infecciosa conhecida como futebol moderno. Por causa dos preceitos da modernidade, derrubam impunemente monumentos eternos como o Maracanã, o Maior do Mundo. É para atender a demandas mercadológicas que se enjaula torcedores organizados e se valoriza o descompromissado 'torcedor bunda no sofá'. A modernidade torna comum e aceitável o fato dos meios de comunicação oficial do Corinthians, como esta gloriosa Rádio Coringão e também a TV Corinthians, serem preteridos pela própria diretoria em benefício a uma emissora que ganha rios de dinheiro às nossas custas. Esse novo processo de civilização europeizado foi quem retirou as barracas de pernil da frente do Pacaembu e a cerveja vendida nos bares da parte interna, elementos essenciais para a socialização do torcedor antes e depois dos jogos.

Diante desse cenário desolador, Tantã, La Selva e todos os ancestrais e guerreiros, conhecidos ou anônimos, ficariam orgulhosos se, no peito de cada um de nós, reacendesse a chama contestadora típica de todo corinthiano. Querem nos isolar, querem nos calar, querem que a gente fique batendo palminhas hipócritas a cada decepção, quando na verdade deveríamos aprender com os erros por novas conquistas. Retiram nossos direitos pouco a pouco, forçando os limites e dando risada dos que ainda tentam resistir, como se fôssemos utópicos. Ora, o Corinthians é a própria utopia e desdenhar de utopias é desdenhar do Corinthians.

Devemos assumir a demanda que nos foi destinada em troca do privilégio de ser Corinthians.

Urge a Revolução Corinthiana."

LIL JON E EMICIDA NO CAMISA

segunda-feira, 23 de maio de 2011

3ª CAMISA


GRENÁ assim será a terceira camisa do TODO PODEROSO no ano de 2011 .Este modelo é uma homenagem a equipe do TORINO da ÍTALIA 1ª equipe estrangeira que enfrentou o TIMÃO e também tem a imagem do nosso SANTO PADROEIRO SÃO JORGE GUERREIRO .
VAI CORINTHIANSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

sábado, 21 de maio de 2011

FUTEBOL

Neste domingo 22/05 a rapa do FÁBRICA D'LOKO realizara mais uma partida amistosa que sera disputada no campo do V.IASI  as 13:00 hs,contamos com a presença dos nossos amigos para torcer e depois tomarmos aquela gelada.
É NOIS Q TAH !!!!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MEUS PARABÉNS !!!!

Hoje venho através desta ,parabenizar todos os meus amigos santistas vou citar alguns deles ZOREIA DEVE TA MUITO LOKO , FLORENTINA ,THIAGO ZAGUEIRÃO ,EVALDO TJ ,MEU TIO MANÉ E OUTROS MAIS .
PARABÉNS SANTOS CAMPEÃO PAULISTA MAS ,7 x 1 ETERNO ...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

FIM DE SEMANA AGITADO NO FUTEBOL DA QUEBRADA !!!

O futebol começa cedo amanhã com as equipes infantil e juvenil da cidade de Taboão da Serra,ás 9:00hs jogará o infantil contra a equipe do Casarão e ás 10;15 hs jogará o juvenil também contra o Casarão ambas partidas serão realizadas no CDC ULEROMÃ mais conhecida como campo do Casarão no JD.ROSANA.
Partidas que estarão valendo pelo campeonato da Taça Cidade de São Paulo organizado pela Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo .
Depois logo ás 2:00hs da tarde começa os jogos validos pela 1ªdivisão de Taboão da Serra,com a equipe do Becos e Vielas enfrentando a equipe do BOLA+1 no Maraba Novo.
e na sequencia as 17:00hs no CC V.IASI o time do INO100T enfrenta a equipe do CHIC SHOW ,VALE A PENA CONFERIR E PRESTIGIAR AS EQUIPES DA NOSSA QUEBRADA !!!!!
e a bola não para de rolar no domingo não,as 13:00hs o F D' L enfrenta a equipe dos MINEIROS F.C. no C.C.V.IASI partida amistosa . 
e a equipe do BECOS volta ao batente no domingão para disputar uma semifinal pela 4ª COPA VERÃO as 1430 hs no CC GUACIARA contra o time do 11 GAROTOS .

E PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO AS 4 HS DA TARDE TEREMOS A GRANDE FINAL DO CAMPEONATO PAULISTA COM O CORINGÃO FAZENDO A FESTA DENTRO DO AQUARIO DOS PEIXES PODRES ,KKKK É NOISSSSSSSSSS ....
VAIIII CORINTHIANSSSSSSSSSSSSSSSSSS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


domingo, 8 de maio de 2011

FELIZ DIA DAS MÃES


FELIZ DIA DAS MÃES É O QUE EU DESEJO Á TODAS AS MÃES ,VÓ,TIA QUE EU CONHEÇO E UM GRANDE BEIJO A MÃE MAIS GATA DO MUNDO ROSANGELA MINHA MÃE .

quinta-feira, 5 de maio de 2011

AÇÃO CULTURA DE RUA NESTE SÁBADO 07/05





Neste sábado acontecerá o projeto realizado pelo´pessoal da Secretaria de Cultura ,na Rua Canelinha apartir das 10:00 hs da manhã, na qual teremos apresentações de dança de rua ,oficina de graffits, artesanatos e de musica .
PAIS LEVEM SUAS CRIANÇAS E PARTICIPEM TAMBÉM !!!!!
Contamos com a presença de todos ,principalmente da nossa comunidade .

terça-feira, 3 de maio de 2011

2ª FESTA NOSTALGIA NA CANELINHA


Neste sábado será realizada a 2ª Festa Nostalgia na Rua Canelinha ,com a presença de vários dj's que só vão rolar musicas de 1ª qualidade com certeza. Teremos também churrasco pra todos que comparecem na festa .
Essa festa e organiza por FABIO GLIK ,BURTA e por mim também, com intuito de presta uma homenagem para o pessoal da velha guarda que gosta de um samba rock ,floriado e outras coisitas mais ,enfim ,contamos com a presença de todos e esperamos fazer uma grande festa .
Obs: A FESTA É NA RUA PARA TODOS NÓS ,SÓ CHEGAR !!!! FD'L SOMOS NÓS !!!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MINHA 1ª VEZ ....

Hoje estou numa alegria só pela 1ª vez estou postando ,meio sem saber o que escrever direito.Mas daqui pra frente espero só escrever coisas boas e muita informação pra nossa comunidade .